Pela primeira vez na cidade de Ilha Solteira, interior de São Paulo, a exposição ‘Água Vida’, do pintor, desenhista, gravador, arquiteto e professor Gilberto Salvador, inaugura a 2ª edição do projeto Trilhar - A Arte que Transforma, a partir do dia 17 de junho, no Museu e Sala de Convenções Professora Nara Lúcia Nonato. A visitação terá entrada gratuita.
“A primeira edição do Projeto Trilhar, em 2022, foi incrível, com a adesão do público. Este ano, vamos continuar oferecendo cultura e educação por meio de ações culturais, como exposições, palestras, oficinas e apresentações de teatro, previstas até o fim do ano”, afirma Leila Cristhiane, diretora executiva do projeto e da Weimar Cultural.
Com patrocínio incentivado da CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País e concessionária da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, a exposição contará com 30 obras – tendo a vida como foco de linguagem e poética.
“A vida neste planeta só existe em função da existência da água, pois foi a partir dela que a vida se originou. Se quisermos reverenciar algo substancial para a integridade dos seres vivos e do planeta, será a água, em todos seus estados. Isto será a consequência da postura de respeito ao meio ambiente em que habitamos, onde os recursos hídricos respeitados nos farão validar este recurso e suas reservas”, afirma Gilberto Salvador, que tem se dedicado ao tema nos últimos 50 anos.
“Nesta mostra, Gilberto Salvador traz uma sutil e reflexiva ótica sobre o tema e nos faz entender o significado sacro que ele impõe à água, onde espirros, ondas, bolhas e massas hidráulicas são apresentados de forma poética para nosso prazer”, explica o curador Antonio Carlos Cavalcanti.
A suíte de obras presentes na mostra foi desenvolvida com o uso de uma técnica de gravura em metal, em que o processo de texturas e grafismos foi obtido a partir de gravações em placas de cobre, para uma posterior impressão sobre papel, gerando resultados variados, com tons e semitons em texturas, traços e sombreamentos característicos.
Para que o artista se assegurasse dos resultados gráficos, durante o desenvolvimento das peças, foram produzidas várias provas de impressão. O material resultante delas - as ‘provas de estado’, como Salvador as classifica - em geral, é descartado pelo artista. Neste caso, foram reutilizadas para a produção de monotipias, o que gerou uma série de soluções gráficas que compõem a atual coletânea com a temática da água.
Para a diretora de ESG & Marca da CTG Brasil, Salete da Hora, a segunda edição do Trilhar é um momento de consolidação do projeto e de seu propósito. “O primeiro ano dessa iniciativa foi marcado por um conjunto de obras muito rico e heterogêneo que trabalhou, simultaneamente, várias frentes de arte e cultura”, diz. “Nós acreditamos que o ideal que move esse projeto é o da transformação da comunidade por meio de uma arte consciente de seu papel social, cultural e, neste caso, até mesmo de conscientização ambiental. Dessa forma, a exposição inédita de Gilberto Salvador reforça esse objetivo”, finaliza.
A exposição poderá ser visitada de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h; sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 16h às 20h.
Exposição Água Vida, de Gilberto Salvador
Abertura ao público: 17 de junho
Museu e Sala de Convenções professora Nara Lúcia Nonato
Praça dos Paiaguás, 135 - Ilha Solteira/SP
Visitação gratuita: de segunda à sexta, das 8h às 17h; sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 16h às 20h.
Sobre o artista
Nascido em São Paulo em 1946, Gilberto Orcioli Salvador formou-se em arquitetura em 1969 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde também atua como professor. Em paralelo aos estudos universitários, dedica-se à pintura e ao desenho. É premiado com a medalha de ouro no Salão de Arte Contemporânea, Campinas, em 1967, e, nas edições de 1969 e 1970, com o prêmio aquisição.
Participou de várias edições da Bienal Internacional de São Paulo, e entre as principais mostras individuais destacam-se duas exposições no Masp, em 1985 e 1995. Em 1999, a escultura Voo de Xangô foi instalada na Estação Jardim São Paulo, da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Sua obra se caracteriza pela oposição entre gestual e o traço rígido, entre as formas orgânicas e inorgânicas, entre o movimento e o estático. Nelas, as formas vivas, homens, flores e animais dialogam com figuras geométricas. O crítico de arte Jacob Klintowitz publicou dois livros sobre o trabalho do artista: História Natural do Homem Segundo Gilberto Salvador, de 1985, e Gilberto Salvador O Reino Interior, de 2001.
Sobre o Projeto Trilhar
O projeto Trilhar – A Arte que Transforma - leva o público a percorrer os caminhos por onde a arte modifica os vários elementos da terra em obras de extrema beleza plástica (fine art) e a tomar contato com processos de sustentabilidade, a economia criativa.
Não por acaso, a arte é tomada como fator paradigmático no Trilhar, pois, em todas as diferentes formas de expressão, ajuda a elaborar o pensar; a construir e ressignificar coisas, objetos e sentimentos; exercita a imaginação e faz atentar à importância da história e memória para viver em sociedade.
A iniciativa é organizada pela Weimar Empreendimentos Artísticos e conta com o patrocínio incentivado da CTG Brasil (concessionária da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira) e realização do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura.
Sobre a CTG Brasil
A CTG Brasil trabalha para desenvolver o mundo com energia limpa em larga escala. Uma das maiores geradoras de energia do País, conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. A empresa tem investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,3 GW. Criada em 2013, é parte da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em geração de energia limpa.
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