"Os Catadores de Conchas": uma unanimidade no Clube de Leitura!
Neste sábado, 21, o Clube de Leitura “Ler É Viver” volta a se encontrar para conversar sobre “A Mulher que Escreveu a Bíblia”, de Moacyr Scliar. Trata-se do 35º livro lido pelo grupo. Ou seja, lá se vão 35 obras literárias, de autores nacionais e internacionais, que vão dos clássicos ao pop, de romances a reportagens, nos mais variados gêneros narrativos. Todas estas obras embalaram conversas deliciosas, que renderam assuntos que ultrapassaram as páginas dos livros e foram projetados para a vida real de cada um dos participantes do grupo. Na prática, as leituras compartilhadas do Clube de Leitura tornaram-se o mote de debates, que foram enriquecidos com o compartilhamento das experiências pessoais de cada membro.
Com
“Orgulho e Preconceito”, por exemplo, os membros do Clube de
Leitura tiveram a chance de debater sobre os costumes de uma época,
que já não fazem tanto sentido no dia de hoje. Assim, a obra de
Jane Austen rendeu uma grande conversa sobre o machismo e o papel da
mulher na sociedade.
"Os Cem Melhores Contos": Clube vai às ruas pela primeira vez
Já
“Madame Bovary”, de Gustave Flaubert, rendeu uma sessão de
cinema no Clube de Leitura. Os participantes do encontro não só
trocaram impressões acerca do livro, como assistiram, juntos, ao
longa-metragem baseado na obra, protagonizado por Isabelle Huppert e
Jean-François Balmer. A experiência se repetiu com “As Vantagens
de Ser Invisível”, de Stephen Chbosky, que rendeu uma reunião
para falar sobre a obra, na Padaria Ki-Pão, e nova sessão de
cinema, na Escola Arno Hausser, como parte do projeto Clube do Filme.
"Inferno": debate acalorado
Há
também livros que renderam debates quentes, com muita polêmica e
opiniões discordantes sendo confrontadas pelos participantes. Foi
assim com “Caim”, de José Saramago, e “Inferno”, de Dan
Brown, que se desdobrou num debate religioso interessantíssimo. Já
a política foi o mote das reuniões que trataram de “A Revolução
dos Bichos”, de George Orwell, e “Quarto de Despejo”, de Maria
Carolina de Jesus. Esta última atraiu não apenas membros habituais,
como também muitos participantes convidados, o que tornou a conversa
ainda mais plural. Também rendeu muito o debate sobre “A Casa do
Céu”, de Amanda Lindhout e Sarah Corbett. O relato da jornalista
que foi sequestrada na Somália tocou a todos, e foi o mote para uma
importante conversa sobre a terrível “cultura do estupro”, que
teima em persistir na nossa sociedade.
"Quarto de Despejo": um debate político e social
Por
fim, temos que lembrar das leituras que ganharam os corações dos
participantes do Clube de Leitura, tornando-se verdadeiras
unanimidades: “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón, e “Os
Catadores de Conchas”, de Rosamunde Pilcher. A história do menino
Daniel, que descobre a fabulosa Biblioteca dos Livros Esquecidos e
passa a investigar os mistérios que envolvem o escritor Julian Carax
deixaram o Clube sem fôlego. Já a história de vida de Penelope
Keeling, que amou intensamente na juventude e tem um olhar peculiar
sobre a existência humana, emocionou. Todos se tornaram amigos e
cúmplices da adorável Penelope e reverenciaram a narrativa tocante
de Rosamunde Pilcher.
"A Sombra do Vento": a literatura homenageando a literatura
E
estas foram apenas algumas das mais marcantes leituras do “Ler É
Viver”. E muitas outras virão!
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