"Boi de Manada" - Dalva Barbosa


Me sinto um boi desgarrado que da manada apartou 
Saiu doidão, sem destino e muita cerca pulou 

Não quer mais seguir com a tropa, que vai de cabeça baixa
Não quer mais usar cabresto, em nenhum curral se encaixa

Não reconhece mais  o berrante,  que era a zona de conforto
Seguia o som, junto à manada e chegava no mesmo porto

Era bem alimentado, tratado com muitos louros
Para depois ser vendido e levado para o matadouro

Deixou de ser comandado e segue sem guia e sem norte
Quer descobrir o segredo da vida e também da morte

Dalva Barbosa
(texto do Sarau dos Amigos de 26/04/2019)




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