Por Fabiana Alves
Não se sente dono do tempo, nem dono dos homens,
nem libertador dos oprimidos. Com eles se compromete,
dentro do tempo, para com eles lutar.
Paulo Freire
A provocação desse mês do Tecendo Leituras evoca os Clássicos da Literatura. Impossível tratar desse tema sem citar Edilva Bandeira, doutoranda em Literatura, mestre de academia e de vida, e curadora do projeto, ao ressaltar a importância dos clássicos na formação humana.
Foi justamente numa oficina ministrada por Edilva Bandeira sobre essa temática, que o Clube de Leitura Ler é Viver se iniciou, gerando uma série de ações culturais e artísticas em Ilha Solteira ao longo dos últimos 10 anos pautadas, sobretudo, no diálogo.
Paulo Freire foi mais do que um educador, foi um pensador comprometido com a existência, com a libertação do homem subjugado por uma estrutura social baseada na opressão pela classe dominante. Instrumento para essa emancipação se dá sobretudo pela educação.
Para Paulo Freire, quando o oprimido tem acesso ao conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, gradativamente desenvolverá a consciência crítica, humanizando a si mesmo e, concomitantemente, ao se colocar como sujeito de si, ao opressor. Dessa forma, a consciência crítica e a sociedade democrática são “condições fundamentais para que o homem fosse sujeito ativo da sua própria história” (JÚNIOR, 2009, p. 111).
A pedagogia libertadora de Paulo Freire fala em oposição a “educação bancária” propondo um Educação Dialógica, no qual o professor se vale do diálogo e da horizontalidade do processo pedagógico para a emancipação do educando.
Evoca-se a postura dialógica e a potência dos clássicos como referenciais para práticas educativas prospectada para uma formação emancipadora, para entretenimento e afeto.
Referências:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
JUNIOR, Amarílio Ferreira. História da Educação Brasileira - História da Educação 2. UFSCAR, 2a. Edição – São Carlos, 2009.
Fabiana Alves é produtora cultural.
4 Comentários
A educação é libertadora pela sua natureza de nos conscientizar daquilo que é opressor. Os clássicos ao relataram, narrarem, a experiência humana, nos liberta porque nos dá a consciência da grandeza do mundo e de nossa condição humana diante, dentro desse mundo. Parabéns Fabiana, ótimo diálogo estabelecido entre os clássicos e a Pedagogia libertadora proposta por Paulo Freire.
ResponderExcluirBem posto Fabiana! Vamos todos juntos acreditando e lutando para que a educação continue mudando e transformando vidas.
ResponderExcluirAproveito para lhe desejar um Feliz Dia das Mães. 💕🌻
Parabéns..... a educação nos transforma e liberta...Maria Ivanilda.
ResponderExcluirAmei Fabiana! Sempre acreditei na educação dialógica. Amo Paulo Freire!
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