Retrospectiva dos vinte anos da Semana Literária da EMEF Aparecida Benedita Brito da Silva

    “Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar"

Monteiro Lobato




Por Maria Ivanilda Silva

Era uma escola linda, aconchegante, espaçosa, recém construída e bem colorida na bela Alameda São Paulo. Ali ocorreram várias Semanas Literárias. Parece até que foi ontem que aconteceu a primeira, segunda.....vigésima. O envolvimento de toda comunidade escolar era eletrizante em todos os setores da escola. A participação dos pais, representando personagens ou declamando poemas, se tornava sempre um momento de expectativa, adrenalina e superação. “A literatura é a maneira agradável de ignorar a vida”. Fernando Pessoa.

O anfiteatro da escola lotava de crianças, pais e professores. As cores das paredes ficavam nítidas com ornamentos, frases de escritores e personagens abrilhantando a grande festa. O sol parecia entender tudo e seus raios demonstravam nos aplaudir.  “A literatura antecipa sempre a vida. Não copia molda-a aos seus desígnios” Oscar Wilde. As crianças felizes sorrindo com suas fantasias aguçando a imaginação naquele momento sublime. 

A hora dos ensaios era sempre de muita responsabilidade para interpretar o escritor escolhido, vencer o medo e superar obstáculos. A motivação era plena quando entravam no universo da literatura interpretando e compreendendo Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Elias José, José Paulo Paes, Vinícius de Moraes, Cecília Meirelles, Machado de Assis, Ricardo Azevedo, Maurício de Sousa, Bráulio Bessa e tantos outros.

Depois de muita dedicação, as crianças sempre faziam, com excelência, o que lhes era proposto e isso sempre nos trazia muitos risos e até lágrimas de felicidade.

“A memória é o essencial, visto que a literatura está feita de sonhos e os sonhos fazem-se combinando recordações”. Jorge Luís Borges.

O melhor de tudo é encontrar ex-alunos colocando em prática o que aprenderam durante todo tempo que participaram das Semanas Literárias. Colher os frutos das sementes plantadas é magnífico.

“O declínio da literatura indica o declínio da nação”. Jhonn Goethe.

                                             

                                                                  Fevereiro de 2023.

                                                                  Maria Ivanilda da Silva

12/03/2023

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